As Bases do Karate Do
Bases do caratê
Tachi waza | |||
---|---|---|---|
![]() | |||
Grafia | |||
Outros nomes | Tachikata (立ち方?) | ||
Kanji | 立ち技 | ||
Informações gerais | |||
Classe | Base | ||
Estilo(s) praticante(s) | Todos | ||
Conteúdo | |||
Escopo | Kihon: posicionamento de pés e pernas | ||
Técnica base | Ashi waza | ||
Técnica(s) correspondente(s) | Wushu: pu fah | ||
|
Como as artes marciais são baseadas no uso controlado da energia do próprio lutador, bem como do eventual adversário, para poder canalizar bem essa energia (nos ataques e defesas), torna-se necessário um adequado e firme posicionamento. E, a despeito de a modalidade pender nos ramos desportivos mais para o aspecto lúdico, negligenciado o estudo mais aprofundado dos caracteres mais profundos da arte marcial, os silogeus possuem à disposição (ainda que não o pratiquem) um amplo leque de posicionamentos.
Segundo a filosofia de buscar sempre a evolução, o praticante das artes marciais deve sempre dar bastante atenção às bases, pois são elas que canalizarão a energia ao ponto focal de cada técnica: tal qual um triângulo, que se apoia numa base e tem um único ponto superior a concentrar as forças, assim o praticante deve executar seus movimentos. Um carateca experiente luta contra um adversário mas não contra a energia (ki).
As posturas podem ser primeiro classificadas:
- segundo o pé que avança
- segundo a posição de guarda
[editar] Bases altas
Takai dachi (高い立?) são aquelas posturas altas do caratê, que servem a dois propósitos precípuos: apresentação e execução de técnicas. Em sinal de respeito, todo lutador deve manter-se em posturas sóbrias e firmes. Assim, por exemplo, em Musubi dachi fazem-se os cumprimentos e reverências, pois a postura, com as pernas eretas e os pés juntos e abertos, demonstra a quem está à frente não tem intenções de ataque, ou Heiko dachi, que demonstra ao mestre que o aluno está apto e atento a seus comandos.Por outro lado, as bases elevadas, quando executadas em luta, estão mais conectadas às origens do caratê como arte de combate - jutsu (術 arte?) -. É que o lutador, ao enfrentar um adversário, procura sempre manter-se menos exposto e suscetível a ataques, tanto é assim que os estilos mais achegados às origens guardam a execução de técnicas em base mais altas. O próprio mestre Gichin Funakoshi, logo no início da divulgação de seu estilo, apresentava este tipo. Todavia, quando a arte marcial por razões filosóficas passou a ser mais vista como uma doutrina de evolução da pessoa - dô (道 caminho, maneira?) -, visando mais a parte atlética e educacional, as bases mais baixas tornaram-se preferenciais.
As posturas elevadas são, por assim dizer, um ponto de partida, pois delas saem as demais bases. Ainda durante uma luta, o praticante sai e retorna para uma postura elevada constantemente, ou seja, são as posições fundamentais e na aplicação (num confronto real) guardam estreita relação com as bases médias.
Um ponto fraco, contudo, reside no fato de tais posturas deixarem o centro de gravidade relativamente vulnerável, isto é, o lutador está mais sujeito a ter desequilíbrio.
[editar] Ayumi dachi
Ver página anexa: Ayumi dachi
Noutras artes marciais, como kendo, a postura é chamada por aymui ashi. Por outro lado, no caratê trata-se mesmo de uma base, é utilizada nos treinos de kihons ou em técnicas específicas, como é o caso dos mae gueri, em decorrência do centro de gravidade já se encontrar baixo, sendo ayumi ashi uma forma de movimentação.
[editar] Heisoku dachi
Ver página anexa: Heisoku dachi
[editar] Musubi dachi
Ver página anexa: Musubi dachi
Existe, por outro lado, um outro sentido mais amplo para a base. É que a palavra musubi é geralmente escrita com caracteres que significam para "concluir" ou "fechar", mas pode também ser escrita com caracteres que querem dizer "inúmeros" ou "infinito". Neste aspecto, portanto, o conceito da base traria consigo a conotação de infinitas possibilidades ou que o lutador está preparado para enfrentar quaisquer situações, de luta ou não.
[editar] Chumoku dachi
Chumoku dachi (注目立ち ou 柱木立ち?) é formada com os pés posicionados em ângulo de 90°, mantendo-se os calcanhares unidos.[editar] Heiko dachi
Ver página anexa: Heiko dachi
[editar] Hachiji dachi
Ver página anexa: Hachiji dachi
Na maioria dos estilos, assim é tratada a base, porém, no estilo Kyokushin, ela é conhecida por fudo dachi.[6].
[editar] Uchi hachiji dachi
Ver página anexa: Uchi hachiji dachi
[editar] Moroashi dachi
Ver página anexa: Moroashi dachi
[editar] Sanchin dachi
Ver página anexa: Sanchin dachi
A estabilidade da postura é advinda da largura lateral da abertura das pernas e de sua distância e conformação dos pés, proporcionando solidez tanto na direção esquerda-direita quanto frente-trás e, bem assim, deixa o lutador em posição confortável para o giro da cintura e aplicação de golpes das pernas e das mãos. Como as pernas ficam flexionadas para dentro, outra característica da base é a proteção do ventre e da virilha.
[editar] Teiji dachi
Ver página anexa: Teiji dachi
[editar] Renoji dachi
Ver página anexa: Renoji dachi
[editar] Ukiashi dachi
Ver página anexa: Ukiashi dachi
[editar] Suriashi dachi
Suriashi dachi (摺り足立ち?) é uma forma de relaxamanto da base gyaku nekoashi dachi.[editar] Kugiashi dachi
Ver página anexa: Kugiashi dachi
[editar] Ippon ashi dachi
Ver página anexa: Ippon ashi dachi
Em que pese ser uma postura defensiva, porque a perna suspensa encontra-se livre, com esta pode-se promover um ataque/defesa para frente ou para trás (com ushiro geri); pode-se também inverter a guarda aproveitando da inércia co'a perna suspensa.
[editar] Tsuruashi dachi
Ver página anexa: Tsuruashi dachi
[editar] Katashi dachi
Ver página anexa: Katashi dachi
No estilo Shotokan-ryu, a aparece no kata Enpi.
[editar] Bases médias
As posturas de média altura têm por escopo reunir o melhor das altas e baixas, ou mobilidade e estabilidade. Ainda que as bases altas possibilitem maior fluidez no deslocamento e as baixas, maior firmeza, durante um kumite, as bases médias mostram-se mais adequadas a uma situação de enfrentamento, pois permitem aliar as duas características e são mais naturalmente assumidas.Filosoficamente, ensina-se que o "caminho do meio" é o mais seguro, ou seja, não se deve priorizar os extremos, nem para mais, nem para menos.
Esta óptica não é particular aos povos orientais. Cita-se, como exemplo, os ensinamentos de Moisés, no Egito, ou os do Rambam, de Espanha. De igual modo, o karateka, quando em kumite (ou qualquer outra situação), deve assumir uma base média, restar sereno, pois poderá recuar para uma base alta ou ser ofensivo numa base baixa. As bases médias o ponto de convergência das técnicas, altas e baixas.
[editar] Su dachi
Ver página anexa: Su dachi
A movimentação dentro desta postura dá-se tanto adiantando quanto recuando, e os pés fazem um movimento que lembra a forma da lua em quarto crescente, dai a sua denominação também de "base da lua crescente". A postura assemelha-se em forma e versatilidade a Zenkutsu dachi. Devido à sua firmeza (em forma de ampulheta), é adequada tanto ao ataque quanto à defesa, com mais ênfase para defesa. A base é executada mormente no kata homônimo.[7]
[editar] Hebi dachi
Ver página anexa: Hebi dachi
[editar] Moto dachi
Ver página anexa: Moto dachi
No estilo shotokan-ryu, a base aparece no kata Heian shodan; já nos shito-ryu, goju-ryu e outros nos quais as basses são mais altas, é mais comum.
[editar] Han zenkutsu dachi
Ver página anexa: Futsu dachi
É uma postura comum nos estilos velhos, como Shorin-ryu, ou mesmo em estilos mais novos, como o Goju-ryu e Wado-ryu, mas que conservam maior conexão com as práticas tradicionais.[15] Aparece nos katas: Bassai, do estilho Shotokan; matsukaze, do Shito-ryu.
[editar] Naihanchi dachi
Ver página anexa: Naihanchi dachi
A base é a postura do kata naihanchi, dos estilos wado-ryu, shito-Ryu e goju-ryu. No estilo Shotokan-ryu, nos katas da série tekki, que são os correspondentes aos naihanchi, a base é substituída por kiba dachi.[11]
[editar] Jigotai dachi
Ver página anexa: Jigotai dachi
[editar] Han kokutsu dachi
Ver página anexa: Han kokutsu dachi
[editar] Han sokutsu dachi
Han sokutsu dachi (半側屈立ち?), ou sho sokutsu dachi (小側屈立ち), é uma variante da base kokutsu dachi, co'a mesma abertura de ukiashi dachi executa-se a base na forma de sokutsu dachi. É, como sucede entre as bases kokutso dachi e sokutsu dachi, tratada em sinonímia. Aparece no kata Seipai.Kososku dachi (交足立ち Kōsoku dachi?)
[editar] Bensoku dachi
Bensoku dachi (弁足立ち?) é feita com as pernas cruzadas mas os pés plantados no chão.[editar] Kosa dachi
Ver página anexa: Kosa dachi
[editar] Kakeashi dachi
Ver página anexa: Kakeashi dachi
[editar] Sunsu dachi
Sunsu dachi (スンスウ立ち Sunsū dachi?, postura do homem de ferro).[editar] Bases baixas
Hikui dachi (低い立?) são as posturas nas quais o centro de gravidade resta próximo ao chão. Suas origens remontam aos estilos de chuan fa do sul da China, de Cantão, que possuem até hoje posturas bem rentes ao chão, haja vista que as artes marciais praticadas na região priorizam métodos mais pragmáticos e menos acrobáticos (em contraposição àquelas praticadas no norte do país), com ênfase em técnicas de mão potentes, chutes baixos rápidos buscando manter sempre uma posição estável e mais vantajosa em relação ao adversário. Diz uma lenda que como o sul da China tem mais pântanos e água, remava-se mais, desenvolvendo mais seus braços. Desta feita, com posturas mais baixas, liberam-se os membros superiores para agir mormente com velocidade, força e agilidade.No Caratê moderno, as bases baixas são preferidas para treinamento, eis que desenvolvem mais o lado atlético do praticante. O escopo de tais bases é proporcionar estabilidade extra para execução de técnicas de ataque e defesa, ou para execução de técnicas específicas como, por exemplo, um soco perpendicular para baixo, que deve ser executado em shiko dachi.
Servem ainda para estender os ataques, isto é, saindo de uma posição alta ou média, o carateca tem como atingir seu adversário sem, contudo, perder a estabilidade e, posto que sofra um contra-ataque, tem condições de o absorver sem ter que se deslocar em excesso. Quando bem executadas, são eficazes em repeleir ataques aos equilíbrio.
Como o centro de gravidade está mais próximo ao solo, nas bases mais baixas há a possibilidade de aplicar técnicas de nage waza e katame waza e subjugar o oponente.
[editar] Enoji dachi
Enoji dachi (えの字立ち?) o nome faz referência à forma que as pernas assumem, flexionadas ambas em aproximadamente 45º. As pernas ficam parecidas ao kanji え.[editar] Gyaku nekoashi dachi
Gyaku nekoashi dachi (逆猫足立ち?), ou ushiro nekoashi dachi (後ろ猫足立ち).[editar] Hyo dachi
Hyo dachi (豹立ち Hyō dachi?, postura de leopardo).[editar] Kiba dachi
Ver página anexa: Kiba dachi
Em que pese sua aparente fragilidade frontal, a postura é muito vigorosa lateralmente, o que propricia ao lutador bastante estabilidade para aplicação de tácnicas em paralelo à disposição das pernas, tais como empi-uchi ou uraken-uchi.
Estilos mais velhos, conforme o tronco do carateca se posiciona em relação à feitura das técnicas, classificam.
- Mae kiba dachi (前騎馬立ち?), para ataques frontais;
- Yoko kiba dachi (横騎馬立ち?), para ataques laterais;
- Kakuto kiba dachi (格斗騎馬立ち?), para ataques em diagonal, ângulo de 45º.
A base possibilita ainda o emprego de técnicas de katame waza ou nage waza, o que, devido a sua solidez, ainda proporciona a capacidade de mover-se suavemente em que, lidando com quaisquer tipos de movimentos, das mãos e dos pés.
Aparece nos katas, Tekki, Enpi, Heian sandan, Heian godan, Jion, Jitte, Kanku, Unshu.
O berço da base kiba dachi pode ser rastreado até o Templo de Shaolin, onde a postura servia como base para a prátrica de todas as outras técnicas. Tal como sucede com o caratê moderno, que visa precipuamente o desenvolvimento físico, o templo estimulava a prática das artes marciais como um complemento no caminho da evoluição espiritual, assim a base era muito importante e usada para fortalecer as pernas.
Heima dachi (平馬立ち?)
[editar] Shiko dachi
Ver página anexa: Shiko dachi
[editar] Nio dachi
Nio dachi (仁王立ち Niō dachi?) é parecida com shiko dachi, mas os pés restam mais abertos.[editar] Seisan dachi
Seisan dachi (十三立ち?)[editar] Kasei kokutsu dachi
Kasei kokutsu dachi (下勢後屈立ち Kasei kōkutsu dachi?), ou garyu dachi (臥竜立ち, garyū dachi, postura do dragão recostado) é feita com o alongamento da base kokutso dachi.[editar] Kei kokutsu dachi
Kei kokutsu dachi (傾後屈立ち Kei kōkutsu dachi?) é feita com um leve alongamento para trás da base kokutsu dadhi, o corpo fica recuado, aumentando a carga sobre a perna traseira.[editar] Kokutsu dachi
Ver página anexa: Kokutsu dachi
No estilo Shotokan-ryu, a base é conhecida por alguns como gyaku zenkutsu dachi e aparece nos katas Enpi e Heian godan (tradicional); não é treinada senão na execução dos katas.
[editar] Sokutsu dachi
Ver página anexa: Sokutsu dachi
[editar] Nekoashi dachi
Ver página anexa: Nekoashi dachi
No estilo Shotokan-ryu, a base aparece no kata Wankan; já nos shito-Ryu, goju-ryu e outros em que as basses são mais altas, é mais comum.
[editar] Fudo dachi
[editar] Zenkutsu dachi
Um particularidade do estilo Shotokan-ryu é que há duas formas de executar a base: uma postura velha e uma nova. Segundo as visões das linhagens mais tradicionalistas dos estilos, como Shotokan-Ryu, e Shito-Ryu, mantendo-se mais fiéis ao Shuri-te, o pé frontal posiciona-se levemente para dentro e o traseiro, para frente, com a articulação do joelho inflexível na perna traseira, enquanto a outra (frontal) articula-se de molde a deixar a perna perpendicular ao solo, formando ângulo de 90° com o pé. Ao movimentar-se, o praticante, aprovitando da tensão imposta ao pé traseiro, aproveita essa energia impulsionando o corpo com a parte koshi do pé; para finalizar o momvimento, da base Ayumi dachi o praticante desloca livremente a perna avançada na abertura da base heiko dachi até o ponto final, ainda relaxado, e, encaixando a cintura, acerta a postura, já novamente tensionada.[21]
- Forma de Funakoshi
Consequência da mudança proposta é que, quando o atleta executa um passo, na forma nova as pernas fazem um movimento em linha reta, posto a movivmentação dar-se de forma semelhante à da base sokutsu dachi com a perna traseira, que se encontra flexionada, ficando reta, o que desloca o praticante para frente, do contrário, ao recuar, é a perna dianteira que executa o impulso, além do que a base ayumi dachi não se mostra mais tão clara no instante intermediário do passo. Na forma tradicional, o movimento era em forma de semi-círculo.
[editar] Tora dachi
Ver página anexa: Tora dachi
[editar] Ensei dachi
Ensei dachi (遠征 立?), koshi dachi(腰 立ち), base de cócoras.[editar] Iaigoshi dachi
Ver página anexa: Iaigoshi dachi
Em Caratê, posto que seja possível a execução de várias técnicas de ataque e defesa, trata-se mais de uma base intermediária, pois serve mormente de transição ou referência, erguendo-se nela obtem-se a abertura exata das bases naihanchi dachi e jigotai dachi. Noutras artes marciais, como o kendo, é mais explorada, posto desempenhar um papel importante na arte das espadas, haja vista que nesta posição são procedidos movimentos de iaidô.
No estilo Shotokan-ryu, a base aparece no kata Enpi.
[editar] Soto iaigoshi dachi
Soto iaigoshi sachi (外居合腰 立?), base genuflexa, mas o joelho que toca o solo aponta para a lateral. Postura comum no aiquidô.[editar] Fukko dachi
Fukko dachi (伏虎立ち?)[editar] Jigo dachi
Jigo dachi (自護 立ち?)[editar] Toten dachi
Toten dachi (登天 立ち?)[editar] Kumo dachi
Kumo dachi (蜘蛛 立?), postura de aranha, com mãos e pés plantados no chão.[editar] Bases de transição
Ayumi dachi (歩み 立?), as bases de transição possuem um fito próprio, que é de assegurar ao praticante a coerência de seus movimentos, de seu deslocamento, ao garantir a estabilidade. Mesmo que o karateka esteja num instante intermediário da execução de qualquer técnica de ataque ou defesa, não pode ele olvidar que no enfrentamento de um adversário pode ser surpreendido com um contragolpe.Há técnicas específicas para atacar uma base mal formada, exemplo do ashi barai. Assim este tipo de postura, ainda que aparentemente simples, guarda complexidade, pois evita ataques diretos à estabilidade do lutador, pois ao se desestruturar uma base, o lutador natural e inconscientemente buscará restabelecer seu equilíbrio, o que fatalmente propiciará ao adversário uma abertura de sua guarda.
Ataques e defesas são em sua grande maioria aplicados de pé, entretanto, pode haver circunstâncias em que tais posturas não se mostrem viáveis, o que demandam estar o lutador preparado para agir a qualquer momento. Exemplo, a posição Seiza, que é mais praticada em rituais, possui grande estabilidade e permite o lutador aplicar técnicas contra um advserário de pé.
[editar] Bases cruzadas
Jujiashi dachi (十字足 立ち?), ou juji dachi (十字 立?), são as posturas nas quais as pernas encontram-se cruzadas. Formam o conjunto, kugiashi dachi, bensoku dachi, kosa dachi e kake dachi.[editar] Bases monopodais
Tsuru dachi (鶴立?) são as posturas nas quais se assume conformação semelhante a um guará. Formam o conjunto, ippon ashi dachi, tsuruashi dachi e katashi dachi.[editar] Bases equestres
Ba dachi (馬立ち?) são as posições virtualmente relacionadas a equitação, ou as bases dos cavaleiros, e neste grupo estão naihanchi dachi, jigotai dachi, kiba dachi e shiko dachi.[editar] Bases bicôncavas
Uchiwa dachi (打環立ち? ou 内輪 立ち) diz-se da posição na qual os joelhos ficam apontados para dentro.[22] Nesse conjunto acham-se as bases uchi hachiji dachi, sanchin dachi, hangetsu dachi.[editar] Seiza
Ver página anexa: Seiza
[editar] Aguraza
Ver página anexa: Aguraza
[editar] Kamae
Kamae (構え?) é de facto uma postura, eis que as técnicas de tachi são estudadas para aprimorar o posicionamento do corpo, com ênfase em como as pernas se alinham e os pés se plantam, mas a postura kamae relaciona-se com o corpo por inteiro, isto é, como o lutador se coloca com pés, tronco, cabeça, mãos etc. para um enfrentamento. Kamae é conhecida comumente como posição de guarda.Trata-se em verdade de um termo genérico, segundo o contexto. Hodiernamente, os diferentes estilos (inclusive outras modalidades de artes marciais) usam o vocábulo para denominar uma postura genérica de combate, posto que haja muitas posições diferentes de preparação, apesar de se dizer que em caratê não existe kamae.
Esta postura, além de denotar como o lutador se posiciona, apontar como o lutador se comporta, seu estado de espírito, que deve estar preparado para agir e reagir conforme cada circunstância: Kamae não está no corpo mas na mente.
- Kokoro gamae (心構え?), quando se tratar de postura pró-ativa, ofensiva.
- Mi gamae (身構え?), quando se tratar de postura passiva, defensiva.
- Hanmi no kamae (半身の構え postura de guarda?), postura básica de enfrentamento, a qual apresenta duas variações precípuas, uma baseada em moto dachi (mais comum no estilo Shotokan) e outra, em teiji dachi.
- Musubi kamae, a mais básicaé baseada em musubi dachi, colocando-se os braços retos, a mão direita direita por sob a esquerda, as palmas voltadas para baixo e os braços retos a cobrir a região da virilha, aproximadamente; a concentração está situada na linha de cintura, no centro do corpo (tanden). Sua criação na atual forma é creditada ao sensei Chojun Miyagi, fundador do estilo Goju-ryu, após muitos anos de investigação. Esta postura, segundo o mestre, tem o fito precípuo de facilitar a rápida movimentação, para outra postura, ofensiva ou defensiva, e é o ponto inicial e final de execução de katas em vários estilos.
- Ura gamae (裏構え?)
[editar] Tanden
Tanden (丹田?) é a parte focal do praticante da arte marcial (não só do caratê mas quaisquer outras), isto, contudo, não signifca um conceito geométrico, não significa tão-somente o centro de equilíbrio ou centro de gravidade, apesar de a metáfora ser bem-vinda. Partindo desta óptica, o carateca fará de seu corpo o ponto central de onde e opor onde todas as técnicas de posicionamento, postura, ataque e defesa emergirão e convergirão, pois tendo um norte a seguir a pessoa não se perde nas várias técnicas possíveis diante da situação de treinamento ou de enfrentamento. O tanden possibilita o controle.- Kikai
- Seika
[editar] Hara
Hara (腹?), segundo os ensinamentos medicinais tradicionais de China e Japão, é a área situada entre plexo solar e pélvis, que sempre foi considerada muito importante, posto ser um dos centros de energia do corpo, ao que se servia como área dignóstico. De igual forma o Caratê enxerga grande importância no hara. Assim, sucede que, no Japão, os termos Tanden e Hara são pouco diferenciados e de certa forma intercambiaveis.Tanto em treino quanto em combate real ou tão-somente a concentrar-se, seguindo os preceitos das escolas Zen, a pessoa deve estar tranquila e a técnica para tal é focada no hara, na respiração, que é feita no abdômen, isto é, deve-se controlar a respiração de molde a não sobrecarregar o corpo e deixá-lo ainda mais pressionado e a se permanecer num estado desprovido de emoção.
Trata-se do ponto através do qual todo e qualquer técnica provém ou se conduz: ou um ataque sai dele; uma defesa afasta um ataque; as pernas sustentam o corpo. Se um lutador tenta executar um ataque usando apenas braço ou perna, suas técnicas serão fracas, pois energia será desperdiçada, pois usada somente pelo membro, mas, se se conseguir conectar o movimento ao hara, o corpo inteiro será usado e a técnica será poderosa.
Notas
- [a] ^ A base han zenkutsu dachi, no estilo shito-ryu, é também denominada de futsu dachi.
- [b] ^ A base kakeashi dachi, nos estilos kyokushin, shotokan-ryu e outros, denomina-se de kake dachi.[2]
Referências
- ↑ Les positions de bases dans le Wu Shu (em francês). Página visitada em 02.dez.2010.
- ↑ a b c Sosai Masutatsu Oyama (em inglês). Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ a b c d Shitokai Canada (Stances) (em inglês). Página visitada em 29.jul.2010.
- ↑ a b c The International Budo Institute (Glossary) (em inglês). Página visitada em 29.jul.2010.
- ↑ a b c d Academy of Traditional Karate (em inglês). Página visitada em 29.jul.2010.
- ↑ a b c d Federação Paranaense Kyokushinkaikan de Artes Marciais. Página visitada em 06.ago.2010.
- ↑ a b c d e f Shotokan International (em francês). Página visitada em 03.ago.2010.
- ↑ a b c Unified Karate Training Center (em inglês). Página visitada em 29.jul.2010.
- ↑ Portal do Judô. Página visitada em 06.ago.2010.
- ↑ Tokui Karate Union (PDF) (em inglês). Página visitada em 06.ago.2010.
- ↑ a b Chikara Wado Ryu (em inglês). Página visitada em 06.ago.2010.
- ↑ Shotokan Karate Do (em espanhol). Página visitada em 03.ago.2010.
- ↑ Harmony Karate Club (em inglês). Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ Imperial Crane Martial Arts: Yellow Belt Rank Requirements (2.1.12) (DOCX) (em inglês). Página visitada em 08.05.2012.
- ↑ a b All Goju-Ryu Network (em inglês). Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ Traditional Shitokai Karate Do Association (em inglês). Página visitada em 06.ago.2010.
- ↑ eHow (em inglês). Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ Shotokan Karate Magazine (em inglês). Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ Karate Club Laglio (em italiano). Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ Karateka.Net. Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ Shotokai Encyclopedia (em inglês). Página visitada em 25.jul.2010.
- ↑ uchiwa-dachi (Betekenis/definitie van) (em neerlandês). Página visitada em 13.abr.2012.
Bibliografia
ARCE, Ferol; MCDERMOTT, Patrick. Karate's supreme ultimate: the taikyoku kata in five rings (em inglês). Bloomington: iUniverse, 2004. ISBN: 0595307477.CODY, Mark Edward. Wado ryu karate/jujustsu (em inglês). Bloomington: AutorHouse, 2008.
DEMURA, Fumio. Shito-ryu karate (em inglês). Santa Clarita: Ohara, 1971.
KANAZAWA, Hirokazu. Black belt karate: the intensive course. (tr. ing. de Richard Berger) (em inglês). Japão: 2006.
McCARTHY, Patrcik . Ancient Okinawan martial arts (em inglês). 9 ed. EE. UU.: Tuttle, 200.51 v.
MONTANARI, Enzo. Karatè sconosciuto: la parte nascosta del karate trdizionale (em italiano). Roma: Mediteranne, 1995.
NAGAMINE, Shoshin. L'essenza del karate-do di Okinawa (em italiano). Roma: Mediteranne, 2002.
NAKAYAMA, Masatoshi.O melhor do karatê: visão abragente, práticas. 6 ed. São Paulo: Cultrix, 2005. 1 v.
________. O melhor do karatê: fundamentos. São Paulo: Cultrix, 1996. 2 v.
________. O melhor do karatê: jitte, hangetsu, empi. 2 ed. São Paulo: Cultrix, 2004. 7 v.
________. Karatê dinâmico. São Paulo: Cultrix, 2004.
SCHMEISSER, Elmar. Channan: heart of the heians (em inglês). Ishikawa: Usagi, 2004.
SHIODA, Gozo. Dynamic aikido (em inglês). Japão: Kodansha, 1977.
UESHIBA, Morihei. Budo training in aikido (em inglês). 2 ed. Tóquio: Sagawara, 2002.
VIEIRA, Silvia. FREITAS, Armando. O que é judô: histórias, regras e curiosidades. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007.